quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Duas lembranças

“Peguei duas” confessei para o terapeuta. Mas não a dedo e sim no tato. Acho que havia muito espaço em branco, ou, talvez, muito apinhado, não consegui distinguir.
Lembro-me de quando deixei essas duas enterradas em algum lugar da cabeça, era para não saírem mais. Mas veja só, aqui estão.
São boas, muito boas mesmo.
Se não emudecesse as lembranças não estaria aqui? Sério, tem certeza?
 Parar, refletir, lembrar no hoje, onde o agora de cinco minutos atrás já é passado, e cinco à frente é o futuro, não dá pra ativar memórias.  É um “ironman” do pensamento.
A conclusão? É você que vai me dar, não? Não, sou eu?
Duas memórias amargas que podem se transformar em sweet things, bem sei.

Vamos ver se dá. 

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