quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Gatinhos na janela

Têm sete vidas. São acrobatas destemidos. Sem perspectivas? Jamais.
Criaturas apropriadas pra o apocalipse.
Saltam de banda. Arregimentam tsunamis e vão à frente, na  crista da onda.
Exércitos não os comandam.
“Em tempos de emergência; medidas desesperadas” – é com eles.
De qualquer ângulo que os vejam, não se preocupem; não estão em perigo.
Acreditam-se curingas de toda crise, percebem? Adequadíssimos para cataclismos.
Assim, de sortilégio em sortilégio, vão atravessando as eras.
Inofensivos e desprotegidos! Quem?


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Com uma pequena ajuda dos amigos

Decidir por uma aula. Escolher uma terapia. Ter um livro publicado. Andar de skate na rampa mais sinistra do pedaço. O lugar de ondas radicais. Publicar textos numa revista.
Só e tão somente, com a ajuda de um amigo, acontece.
Os points de ondas acabaram. Mas falando com fulano, já deu pra este sábado.
Ninguém lê mais de três linhas no Face. Ele tem a indicação de uma revista e passa o link.
Opções de cursos são poucas e não combinam com teu estilo.  Mas no site tal, há um do teu jeitinho. - Sério! Diz ele.
 E a onda de depressão.  Ele te inscreve numa terapia alternativa legal. E tá feito.
Publicar um livro, nem pensar. Ele tem endereço de editora e até de um ilustrador, amigo dele.

Sempre dá, com a pequena ajuda dos amigos. Sério!!!!! 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Black Bird

Unlike many other, you’re not cute, not praised.
There you go. Alone in the dark.
Unconsidered. Bringer of a curse.
Even the sun supposes you a threat.
 But there you come, recognizing yourself, with self-control, getting hold of a dream.
You’re a free conductor of a flight, to a hidden place. There, there’s no mockery, no blame.
You are not going to rest, not in peace, there. You are going to be restful.

Full of certainty, you are black, fast and beautiful.