terça-feira, 31 de março de 2015

Agora, você vê, agora, você não vê.

Abracadabra! A cartola estava vazia. Abracadabra! O coelho não asfixiou, saiu saltando perdido.
Abracadabra! A mulher pareceu sorridente e segura, não estava cortada ao meio. Um prédio aparece, assombra e esvanece. Pássaros multicores se libertam de uma gaiola dourada, da qual as barras desaparecem e veem-se a voar em meio a cortinas de veludo vermelhas. Pessoas são elevadas no ar, assustadas, mas logo estão seguras no chão.
Agora, você vê, agora, você não vê e ao contrário. O ilusionista percebe a alegria nos corações e mais abracadabra. Ele não promete, ele faz. Suas mãos deliram com gestos de misancene.
A plateia descortina tanto do impossível que inebriadas garantem sair dali mais confiantes, afinal a vida é um truque. Agora, você vê, agora, você não vê.

Abracadabra, o condão está com você.

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