terça-feira, 17 de março de 2015

Parar de rolar

Não como as pedras, eu tendo a acomodar. As primeiras rolam, apuram-se, viram seixos. Eu rolo, não quero virar seixo, não me aprumo e crio limo.
Quisera tomar rumo, não criar limo e, sobretudo, parar de rolar.
Não como as pedras que neste movimento, sabem de tudo, mas como o homem, que quando rola, é porque não sabe de nada.
Queria, mas não consigo, falar no verbo presente que faz e acontece, aqui e agora.
Quero, mas não tenho o eixo e sem prumo topo com pedras. Tropeço, caio, rolo, me queixo e rolo de novo sem conseguir me depurar.

Não sou como as pedras, e juro por Deus, tendo a acomodar.

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