terça-feira, 3 de março de 2015

Quem era eu?

Nas fotos, eu não me achava. Na família, eu não estava. No colégio, não me formara.
Afinal, quem era eu?
“Hoje, só com meus problemas, rio muito, mas eu não me iludo”, preciso de pistas sobre meu paradeiro. Capturaram-me sem deixar vestígios.
Para chegar aqui e ser quem dizem que sou eu preciso saber: pilotei um avião? Ingressei na Cruz Vermelha? Fui criada do rei de Roma?
“Teimosa, mandona, calamitosa”. Sei não. Coço a cabeça, faço anotações, depois comparo e nada.
Não me conheço por fora e por dentro, por dentro é todo um labirinto em que o Minotauro, sou eu.
Vou por um anúncio no jornal, na lista de “desaparecidos”, não, talvez, na de “achados e perdidos”.
Talvez, o melhor seja o “boca a boca”: quem sou eu, você pode me dizer?



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