quarta-feira, 27 de maio de 2015

Mal sabia ele

Ter medo, instinto de conservação ativado.
Temer sempre e todo tempo: fim da história.
Mal sabia ele que enlouquecer não estava nos planos. Mas, do jeito que ia sua obsessão, o plano B estava prestes a entrar em ação.
Marcado para morrer, é claro, sempre estivera. Desvairar, perder o jogo dos sonhos, não.
Perdia cada vez mais a mão, e punhados extras de vaidade e bobagem, destemperavam sua atuação.
Mal sabia ele que não sendo ele próprio, personagem de uma de suas histórias próprias, apropriava-se indevidamente da de outrem.
Queria se incluir no destemperado plágio, como um sofredor psicótico, sem direção.
Queria se por à força, em camisa de força, o que lhe parecia enaltecedor. Mas, mal sabia ele que na história do outro “escritor” o adjetivo certo era: infamante.
De tanto não saber, graças a Deus, acabou percebendo, que enquanto ele desconhecia, a história certa se escrevia. E que louco que nada. Tinha que se por em prumo, mirar o seu rumo e deixar “de história”.



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