terça-feira, 26 de maio de 2015

Faça chuva ou faça sol.

Na demanda do solo árido, ela não se faz de rogada.
Atende, transborda-se, pranteia. Sempre deixa o cheiro inconfundível de renovação.
Ele vai curar os deprimidos. Não dorme não se ausenta e no momento aprazado, incandesce e ilumina.
Na desesperança de noites sem fim, ele sorri irônico.
Ela adora tamborilar nas janelas, canções de ninar. Todos os entes da Terra amam um e outro.
Os melancólicos adoram-na. Os entusiastas não vivem sem ele. Muitos não têm preferência, outros reclamam dos dois.
Ela não se dá por achada, mas, às vezes, só de picardia, ausenta-se por um tempão.
Ele, sem opção, arde eternamente e pensa – “até quando”?
Faça chuva ou faça sol, os dois são profissionais. Bem sucedidos prescindem de qualquer apreciação ou caridade alheia. Já os entes da Terra, ai deles, sem o duo confraternizado.
Oferecendo-se para minimizar os ais gostariam muito que os seres fossem mais “vivos” e se encharcassem do fluido e se banhassem de luz. Afinal, é de graça.
 Gostariam, ainda mais, que não dessem as costas, sombrios, ao profissionalismo do Céu.
O Céu, esse sim, prestes e crente, faça chuva ou faça sol.


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