quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Verei se consigo voltar para o chá das cinco.

Saindo pra caminhar pelos caminhos da China, mergulhando de um submarino no mar do Caribe, penso se consigo voltar para o chá das cinco.
Acho que posso.
Navegar nas nebulosas ao redor de Cocheiro e Centauro, conhecer as estrelas mais secretas e ainda sentar à mesa, guardanapo no colo, pronta pro bolo e o chá quentinho, sim posso.
Sentar por horas embaixo de cerejeiras, claro que no seu lugar de origem. Pensando no Ocidente, lá no extremo do Oriente, chegar a uma conclusão, não perdendo o liga leve pra minha sala de estar e estar lá às cinco.
Penso que posso, e quando penso, claro que posso revirar as gavetas dos castelos da Inglaterra e circular pelos seus bosques.
Mexericar sobre os reis postos e póstumos, e não lá, mas onde canta o sabiá, voltar para o chá, no horário apropriado.
E perguntarão: “por que este costume tão não brasileiro”?

Responderei prazenteira: “essa é a melhor parte de toda esta especulação”.

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