quarta-feira, 16 de novembro de 2016

E se tudo for só isso mesmo?

E se for verdade que a verdade é nua e crua.
E se no final for mesmo a morte.
E se não valer mesmo a pena tentar.
E se, realmente, “as pessoas não mudam”.
E se depois de tudo for o nada?
E se o nada for tudo?
Mas, se nada der certo e a verdade não doer nem um pouquinho.
Se a solução de continuidade não se sustentar.
Se a lei de impermanência acalentar toda ação.
Se o tudo e muito mais for depois de tudo.
Se tudo minha mente limitada não alcançar e for sempre mais.

Radiante, pedirei licença poética a Sócrates, me lançarei na estrada, gritando, “só sei que nada sei”.

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