quinta-feira, 16 de abril de 2015

Um conto de quem me dera

Quando Scrooger recebeu a visita dos fantasmas do Natal, a plateia emudeceu e cismou se deveria, ela também, perscrutar seu íntimo.
Ela, também, deveria refrescar-se de ares tão asfixiantes e transformar-se?
Quem me dera, a plateia pudesse sair da ficção não mais avarenta, sem seu jeito de gárgula defensor de um território sombrio e em ruínas.
Sorte, sorte, sorte seria se o Scrooger de dentro dela fosse entregar presentes para o pequeno Tim. Se cada espectador de olhos arregalados se lembrasse dos pequenos Tim, que moravam nas cercanias de seu coração.
Quem me dera ter minha cidade exalando Natal, sempre. Scroogers e gárgulas varridos para local desconhecido.

Quem me dera ter todo habitante, olhos e ouvidos prontos para receber, sem fantasmas, um bom Natal, no presente.

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