segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Flamboyants

Generosamente, estendem seus braços folhados até o chão, tão próximos a você com se estivessem te convidando para um abraço.
Não se erguem soberbas, te desafiando a alcançar, lá nas alturas, as dádivas oferecidas. Seguem te agradando e diante de um verão estorricante, são a miragem do paraíso.
E nem precisam de alicerces profundos para o evento de te encantar. Com raízes superficiais e tudo, vão prazerosas e afoitas a alegrar tua passagem.
Desarrazoadamente e inacreditavelmente, mesmo diante te tal generosidade, recebem ameaças de morte. Acusam-nas de destruir o passeio público. “Mas como se é o passeio do público que queremos festejar”?
Flamejantes e alegres, com seus passos retorcidos, seguem tentando desbravar a floresta de concreto, desejando encetar a volta ás velhas origens de Madagascar.

Roguemos a Deus que não sejam deportadas, nem assassinadas e que permaneçam em Paquetá e em toda a Terra. Ó Santa Delonix Régia, ó Flor do Paraíso! Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário