terça-feira, 25 de agosto de 2015

Um cão, um gato.

Não parece não, mas é, é da lei, é “de lei” que companhia e afeto não se tenha só de gente.
Vem daquele que se deita na varanda da frente, num ângulo apropriado para esquadrinhar o perímetro, em te esperando chegar.
Vem daquele que, mesmo egoísta e independente demais, enrodilhado em cima da cômoda, cumprimenta ao te ver passar.
Um deles adivinha teu sofrer, teu prazer. Está de guarda, cem por cento, 24 horas e tudo dele é você.
O outro, fica claro, pensa mais em si, mas também, não vive sem você. Espera-te estar perto pra comer. Desliza por entre tuas pernas pra te agradecer. Se pede cafuné nele, é sempre para você. É teu, mesmo que saia e ignore tua aflição quando demora.
O primeiro obedece-te às cegas, segue todas as regras para não te aborrecer.
E quando a porta do carro é aberta e lhe pede para descer, lá vai ele, rabinho entre as pernas, a aquiescer. Depois da “coisa” acertada, obediente e cheio de afeto, se põe a correr de volta, em teu encalço. Cem por cento e 24 horas.
O outro não reconhece “senhor, senhora, senhoria” mas, mais uma vez, o afeto lhe diz que o dono dele é você. E quando a comida e o abrigo lhe são recusado, mia veementemente em frente da casa te esperando atender.
Não parece não mas, companhia e afeto não vem só de gente, vê?



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