quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sonhos

Beijos frios, dentes brancos, flores pretas, risos falsos.
Mesa posta, gente se aproximando sorridente. Bolos, tortas, ameixas e maças. Risos francos.
Um dia de chuva. Entardecendo, rapidamente. Nuvens e mais nuvens, sem arrebentarem e corridas pra dentro. Das lojas, dos lares, dos carros e mais risos, gostosos.
Noites estreladas, desejos pronunciados pelo sussurro, os mesmos plasmados, bem à frente dos olhos. E risos de puro entusiasmo.
Uma dor no peito, muito aguda, toda impertinente e sem antecedentes. Não mais risos, pranto.  Tanta angústia, e de repente uma mão, carinhos sobre o peito, bolhas de sabão super- coloridas e a dor se vai, apenas um sonho.
Uma sala, homenagens, seu nome e um sorriso pleno.
 Um sonho: ser proscrito, não ter lar e muitas terras para ver, tocar numa banda itinerante e viajar só, em uma moto azul-céu. Sonho de olhos abertos, de coração partido, mas de peito arfante, ardente e certamente decidido.
Sonhos nas noites escuras, nos dias sem sol e no entardecer.

 Sonhos e mais sonhos alimentam a vida, alimentam-nos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário