terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Rumores

Há rumores.
De que estamos no fim. De que não somos de nada. Que o final é sempre a morte.
De que não se deve confiar na sorte. De que o azar é sempre certo.
De que “cada qual no seu canto e em cada canto uma dor”. De que é o fim da festa.
Rumores, rumores sempre há. Rumores, tal qual boatos, esfumaçam depois do fogo e para incêndios, nada melhor que água.
 Mas há rumores que o líquido precioso está acabando. “Água pra beber, água pra lavar, água pra curar ferida”.
Ouçamos os rumores sem sonegar ouvidos. Toda atenção é devida e de vida ou morte deve ser o caso da ação.
Fazer um novo começo, melhorar até a morte, não dar chance pro azar e nem as costas pra sorte. Aconchegar-se abandonando o canto e cantar para que a festa não acabe. Usar a água para apagar incêndios e bebê-la para curar ferida, tudo sem desperdiçar.
Há rumores.

E de rumores em rumores, há sempre como encontrar pendores. Sempre há.

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