quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Beijinhos e carinhos sem ter fim

Como se achegar ao outro se o outro atravessa a via expressa, evitando o encontro.
De que forma apertar as mãos se as outras mãos estão de punhos fechados.
Por que caminhos trilhar até o lar vizinho se todas as grades sonegam um cumprimento.
Como pedir um abraço se os braços estão algemados pelas costas e encurvado, o outro amedrontado diz “não”.
Por que tréguas conseguir que as guerras façam as pazes com a paz se a guerra é amiga do medo e inimiga da fraternidade do afeto.
Como conseguir ser solidário e deixar de ser solitário se o “dente por dente” é a lei do mercado.
Por quais ares poder-se-ia ser alado e ver, bem do alto, toda harmonia do mapa da agonia. Enxergando assim, a estatística minguada do mal e do fel e as grandes áreas do leite e de mel.
Quando, um pedido de abraço encontrar o ser alado que viu a Terra por cima, por certo será atendido. O medo, minguado, dará lugar ao que no mapa corresponde a grande área de estima.
Por isso não desisto.
Pode me dar um abraço?!!!


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