Pensa-se não haver nada para dar. Que nada,
sempre há.
Cozinhar, costurar, pintar,
falar, pairar, cantar, todas são coisas para dar.
“Ter que ter para dar”? – “Hum, sei lá”.
Conjeturas mil, e as obras? Todas
num canto, engavetadas. As mãos paradas.
Reclamações acirradas. Bandeiras
empunhadas. Mas as ações? Que nada.
“Levar jeito pra coisa”? Nem é
preciso. Preciso é ter coragem.
Coragem para mexer-se,
desafiar-se, remexer por dentro e encontrar um quê.
E remexer, remexer coração,
pensamento, até que encontre.
Sabe lá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário