“Peguei duas” confessei para o
terapeuta. Mas não a dedo e sim no tato. Acho que havia muito espaço em branco,
ou, talvez, muito apinhado, não consegui distinguir.
Lembro-me de quando deixei essas
duas enterradas em algum lugar da cabeça, era para não saírem mais. Mas veja
só, aqui estão.
São boas, muito boas mesmo.
Se não emudecesse as lembranças
não estaria aqui? Sério, tem certeza?
Parar, refletir, lembrar no hoje, onde o agora
de cinco minutos atrás já é passado, e cinco à frente é o futuro, não dá pra
ativar memórias. É um “ironman” do
pensamento.
A conclusão? É você que vai me
dar, não? Não, sou eu?
Duas memórias amargas que podem
se transformar em sweet things, bem sei.
Vamos ver se dá.
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