Beijos frios, dentes brancos,
flores pretas, risos falsos.
Mesa posta, gente se aproximando
sorridente. Bolos, tortas, ameixas e maças. Risos francos.
Um dia de chuva. Entardecendo,
rapidamente. Nuvens e mais nuvens, sem arrebentarem e corridas pra dentro. Das
lojas, dos lares, dos carros e mais risos, gostosos.
Noites estreladas, desejos
pronunciados pelo sussurro, os mesmos plasmados, bem à frente dos olhos. E
risos de puro entusiasmo.
Uma dor no peito, muito aguda,
toda impertinente e sem antecedentes. Não mais risos, pranto. Tanta angústia, e de repente uma mão,
carinhos sobre o peito, bolhas de sabão super- coloridas e a dor se vai, apenas
um sonho.
Uma sala, homenagens, seu nome e
um sorriso pleno.
Um sonho: ser proscrito, não ter lar e muitas
terras para ver, tocar numa banda itinerante e viajar só, em uma moto azul-céu.
Sonho de olhos abertos, de coração partido, mas de peito arfante, ardente e
certamente decidido.
Sonhos nas noites escuras, nos
dias sem sol e no entardecer.
Sonhos e mais sonhos alimentam a vida,
alimentam-nos.
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