Há rumores.
De que estamos no fim. De que não
somos de nada. Que o final é sempre a morte.
De que não se deve confiar na
sorte. De que o azar é sempre certo.
De que “cada qual no seu canto e
em cada canto uma dor”. De que é o fim da festa.
Rumores, rumores sempre há.
Rumores, tal qual boatos, esfumaçam depois do fogo e para incêndios, nada
melhor que água.
Mas há rumores que o líquido precioso está
acabando. “Água pra beber, água pra lavar, água pra curar ferida”.
Ouçamos os rumores sem sonegar
ouvidos. Toda atenção é devida e de vida ou morte deve ser o caso da ação.
Fazer um novo começo, melhorar
até a morte, não dar chance pro azar e nem as costas pra sorte. Aconchegar-se
abandonando o canto e cantar para que a festa não acabe. Usar a água para
apagar incêndios e bebê-la para curar ferida, tudo sem desperdiçar.
Há rumores.
E de rumores em rumores, há
sempre como encontrar pendores. Sempre há.
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