Estendendo as mãos, pegando o
recipiente cheio dela. E mais sede e mais sede no pote.
Sua transparência, seu jeito
inodoro, quanta saudade.
Estendendo a garganta seca, os
olhos murchos sem palavras nem prantos. E por aí, cabisbaixo vais. Cativo da
culpa de tê-la negligenciado.
Se tivesses cuidado. Se não
tivesse secado teu ardor. Se tua formosa natureza de bondade e presteza tivesse
vingado e tivesses mimado-a...
Só há um silêncio fúnebre na
fonte. E tu sentas lá se lembrando de como era ouvir os passos dela.
E mais nada no pote. Se deres de
beber, vai ser do que te falta.
Agora, agora mesmo te falta
atenção. Falta-te um quê de premunição. Falta-te profundidade na essência do
que não te pode faltar.
Pega o pote, vá até ela.
Plante-a, regue-a e no futuro teremos como dar de beber.
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