Na demanda do solo árido, ela não
se faz de rogada.
Atende, transborda-se, pranteia.
Sempre deixa o cheiro inconfundível de renovação.
Ele vai curar os deprimidos. Não
dorme não se ausenta e no momento aprazado, incandesce e ilumina.
Na desesperança de noites sem
fim, ele sorri irônico.
Ela adora tamborilar nas janelas,
canções de ninar. Todos os entes da Terra amam um e outro.
Os melancólicos adoram-na. Os
entusiastas não vivem sem ele. Muitos não têm preferência, outros reclamam dos
dois.
Ela não se dá por achada, mas, às
vezes, só de picardia, ausenta-se por um tempão.
Ele, sem opção, arde eternamente
e pensa – “até quando”?
Faça chuva ou faça sol, os dois
são profissionais. Bem sucedidos prescindem de qualquer apreciação ou caridade
alheia. Já os entes da Terra, ai deles, sem o duo confraternizado.
Oferecendo-se para minimizar os
ais gostariam muito que os seres fossem mais “vivos” e se encharcassem do
fluido e se banhassem de luz. Afinal, é de graça.
Gostariam, ainda mais, que não dessem as
costas, sombrios, ao profissionalismo do Céu.
O Céu, esse sim, prestes e
crente, faça chuva ou faça sol.
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