A vilazinha encastelada.
Moradores admiráveis. Comidas tradicionais, respeitosas tradições.
Felizes eventos, e ela
irrequieta.
Todos da mesma casta, os clãs envolvidos,
brilhando disciplinados.
E ela irrequieta.
Festas dos domingos todos convidados,
impávidos e esbranquiçados.
Ela, irrequieta.
“Bom dia, boa tarde”, ai que bom!
Mas, ele irrequieta.
Vive fugindo para o emaranhado
das árvores, para o descampado de uma ideia nova. Saindo do castelo, nas
cercanias perigosas, come e bebe do que não deve. Gargalha sem disciplina,
corre à solta. De castas nada entende e tem intenção de desfazer os clãs, antes
de chegar às cãs.
Elástica e despretensiosa
pretende ter mais de tudo a mais que não caiba, definitivamente, naquele
quadrado.
Um dia, Marie apareceu radiante.
Num domingo encastelado, com um novo namorado nada esbranquiçado.
E rodopiaram galantes, sob
olhares faiscantes, ao tom da tradição reinante. Valsando alegres e irradiantes,
bem para fora do quadrado. E fim, finalmente.
Homenagem a Marie Darrieussecq
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