Risos são sintomas de vida.
Choros são sintomas de morte.
Preferem-se, então, risos às
bandeiras despregadas e não nos venham falar de tal sorte.
Convictos de que mente sã é
dádiva da “graça”, rimos da própria desgraça.
Incapazes, alguns, de prover o
seu remédio, mascates surgiram, aos montes, com seu elixir milagroso.
E dizem que dentro dos frascos
tem de tudo um pouco. Dizem que toda e qualquer substância é permitida pelo CNM, desde que tornem todas
as circunstâncias hilárias.
Os que não suportam os sintomas
de morte dividem-se: os que são de opinião que todo riso é bom; os que acham
que é preciso ter compostura e que não é de tudo que se pode fazer graça.
Os profissionais atestam que como
no amor, para salvar da “desgraça” tudo lhes é permitido.
Muitos concordam que – “até piada
sem graça”.
A vida, confabulando com a morte,
não viu razão pra tanta questão. A morte, confabulando com a vida, não viu em
si razão pra tanta desgraça.
Os risos e os choros acharam-se
tão bem colocados! E os humores
consentiram em ser remédio para todos “males”.