O vírus “lugar nenhum” se auto
instala e achando memória suficiente começa a rodar com grande facilidade.
Corrompendo outros programas,
como um buraco negro deixa um vazio escuro e assombrado em sua máquina.
As imagens criativas mais auspiciosas
dos PP - destino – “lugar nenhum”. Os Blogs de interesse público, realmente
interessantes – destino – “lugar nenhum”. Os sonhos inexoráveis, na pasta do
Word – destino – “lugar nenhum”. E finalmente, qualquer e toda iniciativa
encantadora para mudar o mundo, espalhada na rede, o vírus peçonhento devora.
Experts em computação não
chegaram à conclusão alguma de como bloqueá-lo ou desinstalá-lo. Boquiabertos e
de mãos atadas permanecem em lugar nenhum.
Certos pronunciamentos
governamentais, divulgados em rede, bandeiam-se para um gesto desesperado:
-“Apagar o grande satélite de nossa aldeiazinha global e na reinicialização,
quem sabe”...
Neste fim de filme chamuscado e
mal editado, parece que entrou em cena um tipinho muito nerd e bastante conhecido
na Aldeia e fora dela. De túnica e cabelos longos, bastante démodé pro gostinho
oficial, aparece e levanta a lebre; reza o concílio.
Diagnosticou que como “lugar
nenhum” ocupa a memória disponível é mister não deixar memória desocupada. Encha-se
a máquina de utilidade pública, utilidade humanitária, utilidade de certas
inutilidades amenas. “Com toda essa memória ocupada com coisa que o valha, a
tribo está salva” – disse ele.
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