Quando Scrooger recebeu a visita
dos fantasmas do Natal, a plateia emudeceu e cismou se deveria, ela também,
perscrutar seu íntimo.
Ela, também, deveria refrescar-se
de ares tão asfixiantes e transformar-se?
Quem me dera, a plateia pudesse
sair da ficção não mais avarenta, sem seu jeito de gárgula defensor de um
território sombrio e em ruínas.
Sorte, sorte, sorte seria se o
Scrooger de dentro dela fosse entregar presentes para o pequeno Tim. Se cada espectador
de olhos arregalados se lembrasse dos pequenos Tim, que moravam nas cercanias
de seu coração.
Quem me dera ter minha cidade
exalando Natal, sempre. Scroogers e gárgulas varridos para local desconhecido.
Quem me dera ter todo habitante, olhos
e ouvidos prontos para receber, sem fantasmas, um bom Natal, no presente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário