Se te roubarem a noiva, não
aceites nenhum presente. Se aceitares um presente, não roubes a noiva de
ninguém. Se te cansares de roubar, dar e receber presentes – não és mais grego,
nem troiano. Que bom!
Agora, talvez, sejas alguém
diferente. Cansado da velha trilha, da velha guerra. Podes até, recomeçar.
Recomece do zero, fora de Roma. Evite Paris e Londres. Não feches o cenho,
estejas à solta. Sem identidade pregressa, já não podes ser preso, exilado ou
solto.
Não vás despencar de onde já
caíste. Não mates, não morras.
Pensando bem, deves estar se
perguntando; se já não pertences a nenhum clã, se já não tens documentos, se já
passaste bem longe das terras prometidas, por que aceitar tantos imperativos de
mim?
Verdade seja dita, às favas com
os impérios, às favas com os rancores. Libertas Quae Sera Tamen. Afinal, não és
mais, nem grego, nem troiano.
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