Horas que passam inexoráveis
e velozmente. Horas constituídas de minutos e segundos que
assustadoramente, somam a eternidade.
Horas que passam num piscar de
olhos, quando gerenciam um prazer e que parecem uma eternidade na
“pronta entrega” da dor.
Velamos à cabeceira, horas a
fio, damos remédio de hora em hora e levamos horas em filas.
Ora, ora, ultimamente, vivemos
contando as horas para as férias, para o fim do ano, para um
encontro e, entretanto, as horas nos escorrem pelos dedos. Quando
damos conta, já é a hora de chegar no emprego, e já perdemos a
hora do médico. Alguém vai ter que esperar, é hora da academia, e
a hora do happy hour?
A hora de “só pra mim”
vai ficando horas na fila egoísta de espera.
E as horas se vão, correndo
aflitas, nos levando ao encontro do fim das horas, cada vez mais
rápido.
Vão guardando um segredo que,
de hora em hora, nos sussurram ao ouvido: “achem tempo para amar”.
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