Generosamente, estendem seus
braços folhados até o chão, tão próximos a você com se estivessem te convidando
para um abraço.
Não se erguem soberbas, te
desafiando a alcançar, lá nas alturas, as dádivas oferecidas. Seguem te
agradando e diante de um verão estorricante, são a miragem do paraíso.
E nem precisam de alicerces
profundos para o evento de te encantar. Com raízes superficiais e tudo, vão
prazerosas e afoitas a alegrar tua passagem.
Desarrazoadamente e inacreditavelmente,
mesmo diante te tal generosidade, recebem ameaças de morte. Acusam-nas de
destruir o passeio público. “Mas como se é o passeio do público que queremos
festejar”?
Flamejantes e alegres, com seus
passos retorcidos, seguem tentando desbravar a floresta de concreto, desejando encetar
a volta ás velhas origens de Madagascar.
Roguemos a Deus que não sejam
deportadas, nem assassinadas e que permaneçam em Paquetá e em toda a Terra. Ó
Santa Delonix Régia, ó Flor do Paraíso! Amém.
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