Sem resposta. Bato outra vez e nada. Penso, bem é só
uma vez mais, e enquanto meus dedos se apressam, me vem à cabeça: desista e eu
desisto. Não quero mais que as portas se abram. Quero-as fechadas e eu em
suspenso.
Se abrirem adeus surpresa. Será um sim, um não, um
sorriso, ou um muchocho. Bye-bye suspense.
É bom cogitar, inventar que se receberá uma acolhida
favorável, um trato feito e pazes feitas e uma boa dose de sinceridade. Além do
mais que graça tem um tete a tete, um chá das cinco e uma porta escancarada.
Me retiro do projeto. Caminho cabisbaixo, sem esperar
que abram. Vou tramando a próxima vez. Uma nova pergunta me surge, enquanto
ando, mas por certo, não voltarei lá, já sei a resposta.
É sempre a mesma coisa, um pouco de polidez, alguma
demagogia, bastante ironia e a prata da casa “bem, acho que resolvemos tudo”,
volte sempre.
Sim, voltei e veja, ninguém abriu a porta.
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