Lá longe, no mar, na solidão de
tudo que ainda é inacessível ao homem, flutua o barquinho. Como uma visão em
pleno deserto, desliza branquinho e calmo.
Como se prometesse histórias de
salvamento. De piratas. De tempestades.
Como se fosse sábio. Como se
fosse manso. Como se fosse o elo entre o homem e o infinito.
Talvez, ninguém vá chegar até a
praia.
Talvez, ninguém conduza o
barquinho.
Talvez, os céus o tenham enviado
para que se acreditasse no belo, no puro.
Como se fosse possível, sempre
águas plácidas.
Como se fosse possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário