Leva algum tempo, depois das
mordidas, do soco no olho, da carta anônima, da intriga, do falso testemunho,
mas chega o dia da queda.
Quedar-se, cismar, repensar, cair
em si. E quanto maior a árvore maior o tombo.
Aí, bate certo medo de costelas
quebradas e de crânio rachado. Certa aceitação da dor merecida. Mas que nada, é
tombo no macio.
Na maciez da mente em paz, cheia
de júbilo em se prestar a reparar.
Na suavidade de um coração
inchado a se desvelar para ajeitar o mal feito.
Na fofura do íntimo aveludado em
reconhecer poder fazer melhor.
É queda livre de uma consciência
pesada que resolve um salto sem paraquedas, sem ego, sem orgulho. Livre, leve e
solta. É muito bom cair em si.
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