- Estou de dieta. Em dieta. Adeus
pavês, pizzas, filés na manteiga e pãozinho recheado.
Acabou-se a festa. Pra fora todo
mundo: bom humor, alegria. Pra fora! Chega!
Meu suor destina-se agora, não ao
“suar a camisa” de vitórias intelectuais e engajamentos morais, mas ao spinning,
e pronto.
Suo só de sentir o cheiro do
nhoque à bolonhesa, que a cozinheira do vizinho faz no apartamento do lado. Mas
dou de ombros e continuo suando na esteira.
Acordo sobressaltado de um sonho
tenebroso. Imagens: a casa da minha avó, um bolo com calda de morango, uma
cadeira, uma mesa e eu sentado em frente todo lambuzado.
Meus olhos procuram, no quarto,
Dukam com uma plaquinha “escapada zero”.
Ao chegar a casa, todas as
noites, me dirijo à cozinha do Super- Homem. Sim, à fortaleza da solidão. Sinto-me
gelado. Tudo abaixo de zero, gordura, calorias, açucares.
E numa noite dessas, já me decidi,
vou tocar a campainha do vizinho e iniciar um relacionamento com a Marilu.
“Ataque, cruzeiro, consolidação; adiuos,
fases non gratas. Morri!!
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