Ponto final. O parágrafo havia
terminado.
A justificativa apresentava a causa e o objeto
indireto.
- “Por todos e por tudo que havia
sofrido”.
As palavras escritas espreitavam o ato. Nada
festivo, nem cômico, porque trágico.
- O sonho acabou. “Dream was over”. And it was
meant.
Então, uma lantejoula brilhou na
ponta da mesa. Das mascaras e purpurina que se foram ao final da festa, ela
resolveu ficar.
O pequenino adorno brilhante
desafiava à espreita da escrita.
O canto do olho fotografou a
lâmina furta-cor. No humor aquoso desfilou o lúdico da juventude. Mil jogos,
beijos, Iwant to hold your hand, muitos “sim”, gentilezas, prêmios e mãos
estendidas.
O parágrafo mudou. A tinta azul
rabiscou freneticamente o “por todos e por tudo”.
Um suspiro ecoou no corredor. O
anfitrião estava pronto pra outra festa.
Nessa ela seria um convidado com
alegria e felicidade, genuinamente, honradas.
Ele riria, brindaria e
comemoraria, festivamente; por todos e por tudo.
Ponto final.
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