Dispensados do dia, lá vão eles
para, Deus sabe aonde.
Dispensados do azar, ávidos por
sorte, eles vão para além dos limites da imaginação. Libertos, de liberdade
vigiada, encarceram-se em cômodos escuros. Uma sonoridade duvidosa os envolve e
imersos em líquidos fugazes, se dissolvem em ninguém.
Sem endereços e cheios de
adereços, jogam valendo uma moeda estranha, esperando por uma paga que não vem.
O tempo, sujeito a chuva e
trovoadas, desmancha o brilho da noite imaginada. A mesma meteorologia é
prevista no lado de dentro dos dispensados e opacos no íntimo saem dos cômodos
de mãos vazias.
O dia retorna, eles retornam,
então, engajados em Deus sabe o que.
Acreditam-se murchos e azarados,
cambaleando sob o sol. Focados no movimento de rotação, dispensam a luz que há
no dia e o engajamento os dispensa.
Então, quando a lua se compromete
com o céu, mais uma vez, pedem a Deus uma boa noite e boa sorte!
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