Vê-se sempre obrigada a dizer o
mesmo.
A quem interessar possa; detalhes
das psicopatias, das perdas, dos danos, não, certamente, não.
Custa-lhe a crer que esta realidade
passa por atualizações automáticas, então que se lance mão de uma paralela.
“Vão indo bem”.
À noite, mal dorme. Enumera
detalhes e listas das dores deles.
Arranja saídas, discursos
sensíveis tomados como censores. Medidas
desesperadas.
Encolhe-se toda debaixo das
cobertas. Afinal, são arranjos inexequíveis.
Logo, estica-se, apruma-se,
tentando entregar a Deus o que é de Deus.
Tem certeza que Cesar pegou sua
parte e um pouco a mais.
Vê o novo dia chegar, sempre o
mesmo.
Sem ilusões, mas cheia de
invencionices, tem tudo na ponta da língua.
“..., obrigada”.